Alguém como eu que, nos últimos 12 anos da minha actividade internacional em diferentes mercados, já teve a oportunidade e privilégio de trabalhar nas 3 modalidades de internacionalização julgo poder acrescentar humildemente alguma experiência ao tema.

A “globalização mundial” está frequentemente associada ao “futuro”. Parece um binómio quase inseparável em todas as frases e estudos que já li, mas não é a realidade. No futuro há muitos caminhos, muitas opções, mudanças e tendências que temos de ler correctamente hoje, para estarmos na vanguarda e na liderança do nosso sector/industria amanhã.
Mas no presente como é?...
Jogamos todos os dias o jogo da internacionalização, dos mercados destino, com as cartas já na mesa para decidir, quer estejamos preparados ou não. E estamos preparados? julgo que nenhuma empresa está "musculada" a 100% ou mesmo satisfeita com o seu estado e resultados actuais, mas basta estar mais bem preparada que os seus competidores mais directos para em principio ganhar a corrida!
Está atrasado para a internacionalização?
A frase “estou atrasado para a internacionalização”, como já ouvi em algumas intervenções que fiz, encerra em si mesmo alguma perplexidade e não deve ser interpretada à letra. Nunca é tarde para colocar uma empresa no caminho da sua expansão além-fronteiras, implementando uma estratégia pensada e concebida.
Esta "aventura" está então ao alcance de qualquer empresário que deseje mudar do paradigma doméstico para o internacional, especialmente PME’s de menor dimensão, que são a maioria do tecido empresarial Português.
Em resposta costumo afirmar que a “internacionalização deve ser vista como uma oportunidade e necessidade” e isto porque:
- 99,6% da economia está fora de portas;
- temos uma localização privilegiada;
- estamos na maior comunidade económica do mundo (UE);
- temos ligação afectiva e cultural ao mundo lusófono;
- apenas 1/5 das PME’s exportam;
- apenas 3% destas têm filiais ou subsidiárias no estrangeiro.
Dá que pensar! Ou não?
Hoje o tema, para algumas organizações, pode parecer enorme, impossível de equacionar e levar a cabo, mas como qualquer desafio e sem criar ilusões envolve dificuldade e esforço - e ainda bem pois as coisas fáceis não são desafiantes nem nos ajudam a crescer, proporcionando certamente uma recompensa de longo prazo que nos fará sorrir em resultados pelo caminho percorrido.
A internacionalização deve então começar em primeiro lugar com a mudança de mentalidades de quem decide/dirige e de toda a equipa envolvida no processo – acima de tudo com o compromisso, envolvimento e entrega total da gestão de topo.
Esqueça a Crise Mundial
Não há uma mudança temporária na estratégia de combate a uma “crise mundial” que nos afecta há mais de 7 anos como alguns tentam apregoar. É meu hábito também afirmar que:
“não há mercados maduros ou estagnados mas sim modelos de negócio obsoletos e que não se adaptaram à realidade actual”
Os mercados, em si só, são ilimitados de oportunidades, podemos é não ter um modelo ou estratégia de abordagem que consiga responder às suas necessidades actuais ou futuras. E isso é outra questão, ou melhor, é o que tem de ser trabalhado pela empresa - a estratégia e o modelo de negócio adaptado mercado a mercado. Estratégia em termos macro e tácticas e planos de acção numa componente mais operacional.
Quer saber mais? descarregue o Guia Completo de Marketing para Internacionalização e antecipe alguns dos problemas que vai enfrentar, veja algumas ferramentas e não se esqueça que tudo deve ser "colado" com a estratégia certa. Diga-me o que acha, deixe o seu comentário abaixo.
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