Ainda há gestores e donos de empresas, que esperam que as coisas voltem ao “normal”. A menos que acredite no Pai Natal, isso não vai acontecer. A normalidade é agora a mudança constante.
Há pouco mais de uma década atrás, os negócios eram na sua generalidade seguidores ou "me too", pelo que aparecer algum a reinventar o sector de atividade era uma rara excepção – agora, é uma realidade que as empresas enfrentam com tanta frequência, que se transformou na nova normalidade.

O sintoma inicial é sempre o mesmo – entra um novo concorrente no mercado com uma oferta de produto ou serviço “inferior” com o qual a empresa já estabelecida simplesmente se recusa a preocupar. Enquanto uma está a reinventar o negócio a outra assobia e olha para o lado.
A reinvenção dos negócios parece um grande tsunami, que deixa para trás as empresas que continuam a fazer as mesmas velhas coisas, as que se limitam às pequenas mudanças incrementais, e demonstram o tal pensamento “me too”.
Olhe à sua volta. Sim, confirma-se, o mundo é competitivo e está em rápida mudança. Agora, é bom que saiba porque motivo está no mundo dos negócios. Se quer pertencer ao clube das Uber ou ao de uma qualquer central de táxis. Quer moldar o negócio às reais necessidades dos seus clientes, ou criar um sindicato para que os clientes sejam obrigados a adaptarem-se ao que não querem? Quer focar o negócio no seu cliente ou no seu produto?
Chegou a reinvenção dos negócios em massa. Para qualquer gestor preocupado com o futuro do seu negócio, a única questão que aqui se põe é para onde está a ir a sua empresa, se para provocar essa reinvenção ou para cair vitima dela.
Acredito que acha melhor ser o primeiro a reinventar-se. Porquê? Porque como dizia Alan Key: "A melhor forma de prever o futuro é inventá-lo." E, afinal, vai acabar por acontecer de qualquer forma, e é muito mais lucrativo ser o disruptor.
Modelos de Negócio Obsoletos da Noite para o Dia
Comece por assumir o seguinte: O seu modelo de negócio já não funciona.
A afirmação, apesar de "forte", não está longe da verdade. Mesmo que o modelo tenha funcionado durante décadas, mesmo que esteja ainda a funcionar, a probabilidade é que mais dia menos dia deixe de funcionar.
Acredito que, não tinhamos desde a Revolução Industrial uma lista tão longa de empresas cujo modelo de negócio tenha ficado subitamente obsoleto, senão vejamos:
- Das 1000 maiores empresas da Fortune de 1983 em 1993 mantinham-se lá 800
- Das 1000 maiores empresas da Fortune de 2003 em 2013 mantinham-se 250
Quer arriscar quantas das de 2013 lá estarão em 2023? Eu aposto em... bom, não sei se arrisco, mais uns anos e veremos.
Quer mais evidencias? Vejamos:
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- A Uber, a maior empresa de táxis do mundo, não possui qualquer veículo.
- A Facebook, proprietária da maior meio de propagação de conteúdo do mundo, não produz qualquer conteúdo.
- A Alibaba, o maior retalhista do mundo, não tem nada em stock.
- A Airbnb, o maior fornecedor de alojamentos do mundo, não possui qualquer imobiliário.
- A Portuguesa Uniplaces, dedicada ao alojamento de estudantes, sem qualquer imobiliário.
Não é impressão sua. Há mesmo algo de realmente interessante a acontecer. E se isto não o deixa a pensar na sua estratégia...
Veio Para Ficar ou é Tendência Passageira
Muito se fala de sair da zona de conforto, de oceanos azuis, de out-of-the-box, de inovação, uma coisa parece certa, reinventar os negócios é um tema que está ao rubro – a disrupção mais que uma mera tendência passageira, transformou-se na nova normalidade.
Perceber a disrupção, e como lidar com ela, é uma das tarefas de gestão mais difíceis da actualidade.
Como diz Tony Robbins: "A mudança é inevitável. O progresso é opcional!"
Qual a indústria que se segue? quem vai ser o próximo a ser atingido pela disrupção? Deixe o seu comentário abaixo.